Inovação em Artrite Reumatóide
Pacientes brasileiros já podem contar com a mais recente inovação científica para o tratamento da Artrite Reumatóide.
O novo tratamento, resultado da mais recente evolução científica da biotecnologia, tem como meta interromper a progressão da doença. A artrite reumatóide afeta cerca de 1% da população mundial - 75%, mulheres. Caso a doença não seja tratada adequadamente, em menos de sete anos, o paciente pode estar incapacitado para atividades rotineiras simples, como abotoar uma blusa, ou alimentar-se.
O Abbott Laboratórios anunciou que, já está disponível, em todo território nacional, o Humira®, o primeiro anticorpo monoclonal totalmente humano indicado para o tratamento de artrite reumatóide (AR) de pacientes adultos. Segundo extensos estudos clínicos, HumiraÒ reduz os sinais e sintomas de AR e inibe a progressão da doença. Dados internacionais indicam que a expectativa de vida média das pessoas portadoras de AR, caso não sejam adequadamente tratadas, pode ser reduzida em três a sete anos; a forma grave da doença pode antecipar a morte entre 10 a 15 anos. Dez por cento das pessoas portadoras de AR se tornam gravemente deficientes depois de 20 anos do surgimento da doença e não conseguem realizar suas atividades diárias de rotina, como se alimentar e vestir-se.
Inchaço, dor e rigidez matinal nas articulações (dedos das mãos, pés, pulsos, joelho, quadris, cotovelos e tornozelos), fraqueza, febre, perda de peso e depressão são alguns dos principais sintomas da artrite reumatóide (AR), uma doença crônica, incurável e auto-imune, que ataca o tecido, especialmente o que reveste e protege as articulações.
"O novo medicamento possibilita uma melhora significativa nos prognósticos clínico e radiológico, devolvendo a qualidade de vida e a melhora na capacidade funcional dos pacientes portadores de artrite reumatóide", afirma o reumatologista José Goldemberg, Professor Livre Docente de Reumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Humira® já está aprovado cientificamente em 41 países (incluindo Brasil, Estados Unidos e países europeus) e lançado comercialmente em 26 (dados de maio de 2003). Foi o primeiro anticorpo monoclonal aprovado na Europa para o tratamento de artrite reumatóide e o primeiro, em sua categoria, para ser administrado como monoterapia ou em associação com mextrato Pelas suas características únicas, é o medicamento de maior sucesso nos 115 anos de história da Abbott, segundo avaliação da própria companhia.
Causas da Artrite Reumatóide e o Modo de Ação do Anticorpo Monoclonal Totalmente Humano - A causa exata da artrite reumatóide (AR) não é conhecida. Pesquisadores têm aceito a tese de que pessoas portadoras de AR têm um sistema imunológico super ativo, que produz em excesso as proteínas normalmente encontradas no corpo humano; a essa condição dá-se o nome de fator alfa de necrose tumoral, (TNF-α). Estas proteínas são armazenadas nas articulações e causam a inflamação associada à artrite reumatóide e a outras doenças auto-imunes. À medida que a proteína TNF-α se armazena nas articulações ocorre a inflamação, o que pode resultar na lesão na articulação. Devido ao papel que desempenha na progressão da AR, o bloqueio da atividade da TNF-α transformou-se no principal foco dos novos tratamentos biológicos para artrite reumatóide. Pacientes com AR apresentam erosão nas juntas rapidamente: 40 por cento em 6 meses e 70 por cento em dois anos.
"HUMIRA é o primeiro anticorpo monoclonal totalmente humano, o que significa que o sistema imunológico não pode determinar a diferença entre HUMIRA e um anticorpo normalmente encontrado no corpo humano", explica Dr. Antonio Carlos José, diretor médico da Abbott do Brasil. "O alvo específico de HUMIRA é a proteína TNF-α, unindo-se a ela. Esta aglutinação bloqueia a atividade do TNF- α, o que ajuda a prevenir a inflamação".
Seringa Especial para Auto Aplicação - HumiraÒ oferece a conveniência de uma dosagem quinzenal (aplicada a cada 15 dias), por meio de uma injeção subcutânea ("aplicação sob a pele"), que pode ser administrada com total segurança pelo próprio paciente. Para isso, foi desenvolvida uma seringa pronta para uso (sem necessidade de preparo da medicação antes da aplicação), com êmbolo especial, para ser mais facilmente manuseada pelos pacientes que sofrem com as deformações causadas pela artrite reumatóide.
Período da manhã é o mais crítico para a ocorrência de infartos e derrames.
Durante o 14º Encontro da Sociedade Européia de Hipertensão, que aconteceu em Paris, especialistas internacionais em cardiologia posicionaram a redução da pressão arterial nas primeiras horas do dia como o novo foco no tratamento da hipertensão. Segundo cardiologistas, o período da manhã é o de maior risco para estes pacientes, uma vez que o aumento da pressão arterial e ocorrência de eventos cardiovasculares acontecem em grande parte, nesse período. Foi revelado também que, mesmo os pacientes submetidos ao tratamento da hipertensão correm risco, uma vez que a pressão da manhã continua sem controle em mais de 50% dos casos. A partir destes dados, os cardiologistas declararam que os agentes anti-hipertensivos que promovem controle contínuo da pressão durante todo o dia devem conferir benefícios em termos de proteção cardiovascular.
Dados apresentados durante o encontro mostraram que alguns anti-hipertensivos não protegem os pacientes contra o aumento do risco de eventos cardiovasculares durante a manhã, como infarto agudo do miocárdio. Isso foi evidenciado por resultados de estudo que mostraram que telmisartan, um bloqueador do receptor da angiotensina II, promove melhor controle da pressão arterial durante 24 horas, inclusive nas primeiras horas da manhã, quando comparado com os anti-hipertensivos valsartan ou locartan.
Atualmente, a importância do tratamento da pressão arterial nas primeiras horas da manhã é subestimada. Este fato, aliado a baixa adesão ao tratamento, é a principal barreira para o controle adequado da pressão, o que coloca os pacientes em risco de eventos cardiovasculares. "Isso evidencia a necessidade de agentes anti-hipertensivos que consigam manter a pressão controlada mesmo se uma dose for esquecida", explica o diretor da Unidade de Pesquisa de Hipertensão do Centre Hospitalier de l'Université de Laval, no Canadá, Yves Lacourcière.
Durante o encontro, Lacourcière apresentou os estudos MICADO I & II, que compararam a eficácia de dois medicamentos para controle da hipertensão: temilsartan 80 mg e valsartan 160 mg. Os resultados mostraram que o primeiro, cuja meia vida é de 24 horas, promove um melhor controle da pressão quando comparado ao segundo, com meia vida de 7 horas. Isso foi particularmente evidenciado durante as seis últimas horas do período da dose.
Os resultados dos estudos MICADO I & II coincidem com as atuais diretrizes da Sociedade Européia de Hipertensão e da Sociedade Européia de Cardiologia, que recomendam o uso de agentes de dose única e de longa ação no controle contínuo da pressão arterial durante 24 horas, diminuindo assim o risco de eventos cardiovasculares. As diretrizes reconhecem ainda que grande parte dos pacientes hipertensos também necessitam de mais de um agente no controle da hipertensão. Dessa maneira, é recomendado o uso de diuréticos associados ao anti-hipertensivo.
Resultados de Terapias Combinadas - O uso de medicamentos combinados para alcançar controle da pressão arterial foi tema de um estudo apresentado no Congresso da Sociedade Européia de Hipertensão, onde foram apresentados dados que comparavam o telmisartan em associação com hydroclorotiazida (Micardis Plus) com losartan em associação com hidroclorotiazida. Os resultados do estudo demonstraram que a primeira associação controla melhor a pressão do que a segunda durante as seis horas restantes do período da dose e é mais efetiva no controle da pressão matutina.
Telmisartan é o único bloqueador do receptor da angiotensina que demonstra controle da pressão arterial durante 24 horas e é superior em comparação a outros anti-hipertensivos. Dados de estudos sobre o uso ambulatorial de telmisartan mostram que o medicamento produz redução significante da pressão entre quatro a seis horas do período da dose em comparação a anti-hipertensivos como valsartan, losartan e amlodipine.
Atualmente, telmisartan está sendo investigado no mais amplo e ambicioso estudo realizado com bloqueadores do receptor da angiotensina, com mais de 53 mil pacientes em todo o mundo. Os programas ONTARGET (ONgoing Telmisartan Alone and in combination with Ramipril Global Endpoint Trial - Estudo Continuado com Parâmetro Clínico Global sobre Telmisartam Isolado e em combinação com Ramipril), PRoFESS (Prevention Regimen For Effectively avoiding Second Strokes - Sistema de Prevenção para evitar efetivamente o segundo derrame) e PROTECTION (Program of Research to shOw Telmisartan Endorgan proteCTIOn poteNtial - Programa de Pesquisa para Mostrar o Potencial de Proteção de Órgãos-alvo pelo Telmisartan) pretendem demonstrar que o medicamento pode prevenir eventos cardiovasculares e proteger os órgãos-alvo.