Atuação do fisioterapeuta no atendimento domiciliar de pacientes neurológicos







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Os pacientes neurológicos podem apresentar incapacidades sob o ponto de vista funcional, prejudicando de maneira significativa sua qualidade de vida, além da dinâmica financeira. As características clínicas das doenças do sistema nervoso são determinadas pelo local ou locais da lesão e sua extensão. Contudo, é essencial apreciar a natureza integrativa e a complexidade do sistema nervoso ao estudar as características clínicas da doença ou da lesão. As incapacidades são uma agressão a autopercepção do indivíduo e a aceitação da incapacidade decorrente da lesão leva a alterações psicológicas.

Recuperar a função e melhorar a qualidade de vida dos pacientes é importante. Mas, além do aspecto clínico das síndromes neurológicas, os profissionais da saúde precisam olhar holisticamente o paciente, para os aspectos psicossociais e os processos de ajustamento envolvidos.

Um dos objetivos da fisioterapia na reabilitação de pacientes portadores de doenças neurológicas crônicas é alcançar maior grau de independência. A motivação do paciente e a aceitação no que diz respeito às alterações do seu estilo de vida são fatores relevantes para o sucesso da reabilitação. O profissional precisa inicialmente dominar a capacidade de se comunicar e angariar a confiança e, assim,
a cooperação do paciente. Sua conduta não deve ser restrita ao protocolo de tratamento, mas também a boa avaliação, monitorização do progresso e orientação aos parentes nos cuidados e na convivência com o doente.

O atendimento domiciliar deve ser estruturado considerando alguns fatores como as condições sociais e econômicas, equipamentos necessários, identificação do cuidador do paciente em casa e o envolvimento no programa. O considerável efeito psicológico que as visitas do Fisioterapeuta surtem na vida e no cotidiano dos pacientes com doenças neurológicas, uma vez que, além da reabilitação física, estes pacientes desenvolvem a sensação de segurança e confiança.

O Programa de Saúde da Família (PSF) e o home care põem em evidência o atendimento em domicílio por parte de equipes de saúde. O Ministério da Saúde (MS) assume, desde a Constituição de 1988, o compromisso de reestruturar o modelo de atenção no Brasil, partindo de um referencial de saúde como direitos de cidadania, pressupondo a organização de serviços cada vez mais resolutivos, integrais e humanizados. As políticas municipais têm se organizado a partir do Programa de Saúde da Família (PSF), proposta que se insere no nível da atenção básica e que persegue o objetivo final de promover a qualidade de vida e bem estar individual e coletivo, por meio de ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde.

A presença escassa do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional no PSF é questionada. O que falta aos conselhos e associações profissionais destas áreas é uma
proposta do que pode ser feito na organização desses serviços nos municípios, dentro de uma visão de saúde pública. Sob o ponto de vista crítico, seria de suma importância a inserção profissional do Fisioterapeuta no PSF, com o objetivo de
prevenção e tratamento nas diversas enfermidades. Destacase a importância da atuação social deste profissional, em especial no Nordeste brasileiro, como nos casos do município Camaragibe (PE), Quixadá e Sobral (CE). Igualmente marcante ocorre no estado de Minas Gerais, com o programa de internato rural com a mesma preocupação social e exemplos como os de Campos de Goytacazes, Macaé, Paracambi, no Estado do Rio de Janeiro.
Em Londrina (Paraná), o Serviço de Internação Hospitalar (SID), conta com atenção domiciliar visando propiciar a recuperação mais rápida do paciente, diminuir os riscos das infecções hospitalares e liberar leitos nos hospitais (11). Nesse tocante, foi observado que a atuação fisioterapêutica em domicílio vai além da atenção direta ao paciente, é também mantido o contato com a família. A proposta no programa é de educar e capacitar membros da família para os cuidados com o paciente no domicílio.

Este estudo teve como objetivo investigar a efetividade da Fisioterapia na atuação do cuidador e no quadro clínico dos pacientes neurológicos assistidos por uma equipe
multiprofissional. Para alcançar esses objetivos, foram investigadas as alterações presentes nos pacientes decorrente da doença neurológica, a percepção do cuidador em relação ao tratamento domiciliar, a influência do Fisioterapeuta e demais profissionais de saúde no papel executado pelo cuidador e as repercussões no seu bem-estar.
O estudo anseia que um contexto mais humanístico seja valorizado no tratamento dos pacientes neurológicos dentro da equipe multiprofissional e questiona a escassez dos
profissionais de Fisioterapia nas equipes do PSF.

Veja o estudo completo clicando aqui



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